terça-feira, 1 de outubro de 2013

adeus dor



Por cada instante de alegria, uma eternidade de dor. Por cada noite de prazer, dias de terror. Dói. Dói em demasia. Ser humano e ser imperfeito, não saber quando parar. Ter conhecimento do limite da dor; sentir! Senti-la a dilacerar o que resta do corpo, agora moribundo. Tornaste-o assim. Quem? A mente? Sim, a mente. A mente que constantemente mente, que a todo instante ludibria o corpo. Corrompeste-o com teus jogos de dor, ou direi de prazer. - Não. Agora não. Sim, neste momento sofres. Por que esperas, anda! Formalizei o convite – dizes a teu bel-prazer. - Espero-te para te maltratar, para te gozar – continuas. – Pára! – grito.
- Sabes, és minha marioneta predileta – confessas. E continuas - Eu peço e tu cumpres. Eu chamo e tu vens. Tu amas-me. Detestas-me, queres-me. 
Não mais pode esta mente que mente viver neste corpo que desespera.
Terminou. Acaba aqui esta minha dor. Começa outra vida. Outra dor. 

Sem comentários: